Sou inquieta porque tenho fogo. Aquele que incendeia minha mente e acende o otimismo da consciência da vida. E nessa escolha de obedecer a inquietude, faço tudo, faço nada, mas me persigo mesmo quando estou parada.
Minha ânsia é de me encontrar, aparentemente sem pressa, mas por dentro turbilhão. Viver é procurar seu lugar no mundo e a procura não tem fim. Talvez eu não tenha lugar ou tenha vários e, talvez, todos eles estejam dentro de mim. Por isso, escuto meu corpo. Mas para isso é preciso dar voz a ele. A voz existe quando ele é percebido. Ponto. Daí, dar importância a ele é um pulo. Dá vontade de rir sem parar ou até chorar, ao lembrar que tenho muitos mundos guardados pra conhecer. Tudo fica mais interessante. As coisas acontecem.
Adquiro o vício de fechar as pálpebras para abrir os olhos ao contrário. Porque querer se conhecer não é egoísmo. Não se pode ter medo do que está engavetado. Só assim enxergamos realmente o que está do lado de fora. Quando sabemos o que há do lado de dentro.
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