Raíssa Portela

Raíssa Portela

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Eu sou o que meu corpo guarda

     O que me ajuda a encarar os caminhos desconhecidos é a vontade de que sejam bons. O que me faz ter certeza de que não sou o meu corpo. Eu sou o que eu sinto. E o corpo é como um muro que guarda o que eu sou para que eu não me perca mais ainda por aí. Pudera eu ter descoberto isso antes de engordar e emagrecer tantas vezes. Porque um muro não diz nada do que está por trás dele. Mas suas brechas sim. Não é à toa que não vejo as danças nos corpos e sim nas brechas que só alguns conseguem abrir. Há dança em poucos corpos. Há corpos sem brechas. E só consigo me envolver na vida quando faço das brechas dos outros, meus caminhos. E quando os outros fazem das minhas, os seus. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário